Lúcio Vale vice-governador do Pará é suspeito de envolvimento com organização
criminosa responsável por fraudar licitações e contratos públicos em 10
municípios paraenses, entre os quais Ipixuna do Pará, Mãe do Rio, Ourém, Santa
Maria do Pará, São Caetano de Odivelas, São Miguel, Viseu, Marituba e Cachoeira
do Piriá, área de atuação político do vice governador quando deputado federal.
A investigação aponta que a organização criminosa movimentou, nos anos de
2010 a 2017, mais de R$ 39 milhões de reais em recursos públicos do FNDE e
Fundeb.
São várias as condutas investigadas, dentre as quais fraude em licitação
consistente na participação das mesmas empresas em vários certames, simulação
de entrega de merenda escolar e pagamento de vantagem indevida agentes
públicos.
Ao todo, estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, 10
mandados de prisão preventiva e 4 mandados de prisão temporária, expedidos pelo
juiz federal titular da 4ª Vara Criminal Federal de Belém juiz federal Antônio
Carlos Almeida Campelo.
Participam da operação 158 policiais federais além de auditores da
Controladoria-Geral da União e Receita Federal. As medidas judiciais estão em
andamento nos municípios de Belém, Capanema, Peixe-Boi, Cachoeira do Piriá,
Bragança e Garrafão do Norte.
A designação da operação "Vissaium" refere-se ao nome, em
português medieval, da cidade de Viseu em Portugal, a qual foi objeto da Carta
de Foral Manuelino de Viseu, concedido pelo rei Dom Manuel I.
A operação conta com da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União
e da Receita Federal.
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