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  • O senador Jader Barbalho e seu filho, o governador Helder Barbalho, ambos do MDB paraense, foram intimados a depor na Lava Jato.



    A operação investiga suposto pagamento de propina pelo Grupo J&F – leia-se JBS -, do empresário Joesley Batista. Tanto Jader como Helder negam a acusação contida em delação premiada, afirmando que receberam recursos para campanha eleitoral em 2014 e declararam tudo ao TRE, como previsto em lei.
    Para Jader, a JBS teria repassado R$ 6 milhões, enquanto para Helder, R$ 980 mil. Outros R$ 2 milhões também teriam sido entregues ao atual governador, segundo o delator da JBS. A ordem judicial para ouvir os depoimentos de todos foi expedida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
    Além de Jader e Helder, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, e os senadores emedebistas Renan Calheiros, de Alagoas, e Eduardo Braga, do Amazonas, também receberam intimação para depor. Eles devem marcar data para prestar declarações em juízo. O depoimento de Jader estava previsto para hoje, 5, mas terá de ser remarcado.
    Desde cedo, a Polícia Federal  cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão, além de medidas de sequestro de bens, por ordem de Fachin, relator da Lava Jato no STF. A ação é um desdobramento do inquérito 4707, que apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo Grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014. A PF, por ordem de Fachin, não comenta o resultado da operação realizada hoje.
    A informação que embasou o inquérito partiu do depoimento de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e também consta na delação premiada do ex-executivo do grupo, Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração da peça investigatória. Os alvos dos mandados cumpridos nesta manhã são endereços de supostos operadores dos senadores do MDB.
    Em sua delação, Saud indicou ainda que operacionalizou suposto pagamento de R$ 40.982.601,00 a pedido do ex-ministro Guido Mantega – que ocupou a pasta da Fazenda, entre 2006 e 2015, durante os governos petistas de lula e Dilma. Segundo Saud, a propina seria para garantir a unidade do então PMDB em prol da candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff’. O delator disse ainda que os pagamentos foram feitos por meio de ” simulação da prestação de serviços e emissão de notas fiscais fraudulentas, entregas em espécie e doações oficiais”.
    Saud citou supostos pagamentos para os senadores, para Helder e para Vital do Rêgo Filho. Em junho, o delegado Bernardo Guidali Amaral, que assina as intimações enviadas aos senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga, pediu a Fachin que prorrogasse o prazo do inquérito. Segundo o advogado Luiz Henrique Machado, Renan Calheiros recebeu a intimação em Maceió, mas não há cumprimento de mandados judiciais em endereços ligados ao parlamentar.
    A defesa de Eduardo Braga também indicou que não são realizadas buscas em endereços ligados ao senador. Em nota, o parlamentar informou ainda que já entrou em contato com a Justiça para ‘ajustar’ a data de sua oitiva. Fonte: Ver o Pará

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