Lideranças
da indústria do Norte e Nordeste aproveitaram o seminário Desenvolvimento
Regional: Desafios e Oportunidades para entregar a representantes do governo
federal as prioridades para alavancar o crescimento econômico nas duas regiões.
As duas
publicações apresentam as demandas do setor produtivo de uma forma organizada
em pilares estratégicos como financiamento, tributação, infraestrutura de uma
forma geral, energia, transportes, saneamento e meio ambiente.
Participantes
do evento foram unânimes em defender o desenvolvimento regional como solução
para acelerar o crescimento do Brasil. Durante o seminário, foi assinado o
Acordo de Cooperação entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a
Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que prevê a elaboração
de estudos técnicos, realização de treinamentos e ações junto ao empresariado.
“O
esforço conjunto é fundamental para reduzirmos as desigualdades no país. A
indústria tem tudo para ajudar nesse processo”, completou o presidente da Ação
Pró-Amazônia, José Adriano Ribeiro da Silva. Estudos da CNI revelam que a cada
R$ 1 produzido na indústria, são gerados R$ 2,4 na economia brasileira.
Apesar de
concentrarem 60% dos estados do país, Norte e Nordeste respondem por menos de
20% do PIB industrial brasileiro. A diferença também pode ser percebida no PIB
per capta. O Norte (R$ 13,9 mil) e Nordeste (R$ 16 mil) ficam muito aquém da
média nacional (R$ 26 mil) nesse indicador.
A
Secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano, do Ministério do
Desenvolvimento Regional, Adriana Melo Alves, concordou que as diferenças
atualmente existentes impactam de uma forma negativa no Brasil. “Todos perdem
com o nível de desigualdades que o país apresenta hoje”, comentou.
RENEGOCIAÇÃO
- Na pauta também entrou a renegociação de dívidas dos Fundos de Investimentos
(FINOR e FINAM) e Incentivos Fiscais de IRPJ. Atualmente, existem 1.736
empresas beneficiárias em situação de inadimplemento, sendo 1.083 com carteira
de títulos do FINOR (BNB) e 653 com carteira de títulos do FINAM (BASA).
Essas
empresas acumulam um passivo de R$ 44 bilhões, sendo que o percentual de
inadimplência alcança cerca de 99% desses empreendimentos. O nível de endividamento
é justificado pela inadequada sistemática aplicada aos fundos pelas
instituições financeiras.
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