O Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) da 8ª Região apresentou a preliminar de levantamento sobre o
trabalho infantil, feito junto aos alunos de escolas públicas municipais e estaduais
do Pará, que será lançado no dia 31 de março.
Segundo a desembargadora
Maria Zuila Dutra, foi aplicado um questionário com 17 perguntas para alunos de
escolas públicas de 32 municípios paraenses para conhecer a realidade deles e
direcionar as ações da comissão de combate ao trabalho infantil de forma mais
direta para os problemas detectados.
A pesquisa foi feita com
216.518 alunos, com idade entre 6 e 16 anos, e mostrou que o trabalho infantil
ainda está muito presente no dia a dia de crianças e adolescentes paraenses.
Segundo os dados, 70,5%
dos estudantes entrevistados afirmaram que têm prejuízo na escola devido ao
trabalho e que 74,5% trabalham com vendas, roça, bicos, construção civil e no
lixão. O que mais chama atenção é que todas as atividades relatadas estão entre
as piores formas de trabalho infantil.
Para a coordenadora de
Proteção Social Especial de Média Complexidade da Seaster, Norma Barbosa, o
levantamento é fundamental para direcionar as estratégias de combate ao
trabalho infantil dos órgãos que têm ações voltadas para a problemática. “Com o
pouco que foi apresentado, já sabemos para onde direcionar as ações, e o fórum
é um espaço de discussão fundamental para integrá-las”, ressaltou.
Durante a reunião, a
Secretaria de Estado de Educação (Seduc) apresentou as ações da secretaria em
2016 voltadas ao combate do trabalho infantil no espaço escolar e que geraram
resultados positivos. A Seaster também fez breve apresentação sobre o que foi
tratado na reunião do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, em
Brasília.
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